Sociedade (do excesso) da informação
Para demonstrar o o volume de informações produzidas no mundo, McGarry (1981) fez uma interessante imagem, tomando como referência a escala de tempo da existência da humanidade na Terra e a comparando a um dia. O ponto inicial arbitrário foi fixado há trinta mil anos, quando teve início a fase de pinturas e esculturas nas cavernas, tendo início aí o período de 24 horas, a partir da meia-noite.
Cada hora do relógio corresponde a 1.200 anos e, consequentemente, cada cinco minutos correspondem a cem anos. Por milhares de anos o progresso se deu numa velocidade glacial. Todo o período paleolítico transcorreu entre dez horas da manhã e duas horas da tarde. Já à noite, às 20h, surgiu a escrita cuneiforme nos vales da Mesopotâmia e os hieróglifos nos templos egípcios.
Às 22h, tem início a civilização grega, com sua contribuição para a arte, a filosofia e a matemática. Às 22h30, surgem os primórdios da cultura judaico cristã na Europa. Às 23h33, inventa-se a tipografia, que impulsiona o conhecimento científico. Às 23h48, começa a Revolução Industrial na Inglaterra.
A revolução das comunicações tem lugar apenas nos últimos cinco minutos. O computador tem atravessado gerações no último minuto e, no caso do microcomputador, estamos falando dos últimos segundos das 24 horas decorridas. Estudos relacionados ao tema da informação só começaram a ser realizados nos últimos dois minutos, utilizando como referência o relógio de McGarry, por volta da década de 1960, atrelada à evolução das telecomunicações e da informática.