Mobilização social no Brasil

Por Gustavo Barreto (*)

Mobilização social no Brasil; na foto, estudantes dos anos 1970 enfrentam a ditadura militar.

No Brasil, seja por meio de revoltas, seja por meio de manifestos públicos e outras ações coletivas, a participação popular é maior do que círculos conservadores costumam propagandear.

O historiador José Murilo de Carvalho observa que, já na independência, por exemplo, a população do Rio de Janeiro se manifestou nas ruas por várias vezes, aos milhares, em apoio aos líderes separatistas e contra as tropas portuguesas.

Em janeiro de 1822, registra Carvalho, 8 mil pessoas assinaram o manifesto contra o regresso de D. Pedro a Portugal.

“Para uma cidade de cerca de 150 mil habitantes, dos quais grande parte era analfabeta, o número é impressionante. Em 1831, um levante em que se confundiram militares, povo e deputados reuniu 4 mil pessoas no Campo de Sant’Anna, forçou D. Pedro I a renunciar e aclamou seu filho, uma criança de cinco anos, como sucessor”.

(*) Gustavo Barreto (@gustavobarreto_), 39, é jornalista, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis clicando aqui). Atualmente é estudante de Psicologia. Acesse o currículo lattes clicando aqui. Acesse também pelo Facebook (www.facebook.com/gustavo.barreto.rio)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *