Manifestante é preso por usar Twitter durante G20
Elliot Madison, de 41 anos, foi detido na cidade onde se realizavam as manifestações de protesto durante a reunião do G20, e a polícia efectuou buscas na sua residência em Nova Iorque. Este ativista foi preso num hotel de Pitsburgh enquanto ouvia as movimentações da polícia e alertava os manifestantes, através do Twitter, para se dirigirem onde não houvesse presença policial.
O porta voz da histórica organização de direitos civis ACLU na Pensilvânia, diz que o FBI está "intimidando" os ativistas e que esta ação "faz parte de uma guerra maior contra os manifestantes". E sublinhou o espanto da ACLU pelas acusações: "A polícia dizia 'saiam daqui' e os manifestantes faziam isso. Alguém os estava a ajudar a não ir para onde estava a polícia. Em vez de dizerem 'obrigado, estão a ajudar as pessoas a dispersar', acusam-nas agora de estar a cometer um crime", diz Vic Walczak.
"Se isto se passasse na China, estaríamos aqui aos gritos a dizer que era uma violação dos direitos humanos. Mas como é neste país, transforma-se de repente num crime. Há aqui um problema grave", acrescenta o porta-voz da ACLU. Madison foi libertado sob fiança, mas em sua casa foram apreendidos livros e material informático que o ativista quer ver devolvido.
As organizações cívicas que organizaram os protestos do G20 comparam a acção do FBI à prisão de 2000 iranianos por usarem a internet para fazer oposição ao regime, ou ao caso do cidadão da Guatemala que usou o twitter para apelar ao levantamento de depósitos num banco envolvido num escândalo de corrupção. Foi preso e enfrenta uma acusação que o pode condenar a cinco anos de cadeia. (Com Esquerda.net)