Internet: Brasil ainda inclui pouco

Por Gustavo Barreto (*)

CGI, 2010A presença do acesso à Internet em apenas 27% dos domicílios brasileiros coloca o Brasil diante de um grande desafio no processo de universalização da banda larga e da democratização do acesso à informação, duas questões centrais para o desenvolvimento do país nas próximas décadas.

A conclusão é de um relatório do Comitê Gestor da Internet (CGI) com base em dados até 2010.

Segundo dados de um relatório da ONU de 2008, a posição do Brasil também era desfavorável no cenário internacional, com apenas 21% dos domicílios conectados à rede.

Quando comparado com países da América do Sul, por exemplo, o Chile possuía 24% e a Argentina, 30%. Comparando-se com países da Europa e Ásia, onde o acesso à Internet encontra-se praticamente universalizado, a distância era ainda maior: Alemanha (75%), Dinamarca (82%), Suécia (84%), Japão (80%) e Coreia (94%).

Esses dados, incluindo os gráficos, estão na página 145 do documento abaixo.

As principais barreiras para a falta de acesso domiciliar à Internet são seu custo elevado (49%), a falta de disponibilidade na área (23%), a falta de interesse ou de necessidade (16%) e a possibilidade de acessar a internet em outro lugar, como no trabalho por exemplo (16%). [dados da pág. 152]

Acesse em www.cetic.br/tic/2010/index.htm

(*) Gustavo Barreto (@gustavobarreto_), 39, é jornalista, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis clicando aqui). Atualmente é estudante de Psicologia. Acesse o currículo lattes clicando aqui. Acesse também pelo Facebook (www.facebook.com/gustavo.barreto.rio)

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