A importância da Filosofia da Tecnologia

Por Gustavo Barreto (*)

A importância da Filosofia da TecnologiaEm geral, os “grandes filósofos” postulavam que a tecnologia era (i) a simples aplicação da ciência ou (ii) era sempre benéfica. A tradição romântica de fins do século XVIII era pessimista quanto à ciência e, por tabela, quanto à tecnologia.

Particularmente na Alemanha havia uma tradição filosófica muito grande na leitura pessimista sobre os males da sociedade moderna (em geral) e da sociedade tecnológica (em particular). A Sociedade para a Filosofia da Tecnologia foi fundada apenas em 1976 e é um campo que ainda não foi consolidado ainda hoje.

Essa falta de reflexão não poderia gerar outro cenário senão o atual: o ‘adesismo’ acrítico à tecnologia como o mercado deseja, sem o questionamento de seus usos e possibilidades de transformação social. Vale apenas o consumo desenfreado, status da atual sociedade suicida.

Para saber mais:

  • ADORNO, Theodor W. Indústria Cultural e Sociedade. Seleção de textos Jorge Mattos Brito de Almeida; traduzido por Julia Elisabeth Levy… [et al.]. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
  • ANTOUN, Henrique. Jornalismo e ativismo na hipermídia: em que se pode reconhecer a nova mídia. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, v. 1, n. 16, 2006.
  • ___________________ (org.). Web 2.0: participação e vigilância na era da comunicação distribuída. Rio de Janeiro: Mauad X, 2008.
  • ___________________. A Comunicação entre a Disciplina e o Controle. In: D’Amaral, Marcio Tavares (org.). As ideias no lugar: tecnologia, mística e alteridade na cultura contemporânea. Rio de Janeiro: E-papers, 2009.
  • ASSIS, Érico Gonçalves de Assis. O novo protesto: ativismo político midiatizado. In: COGO, Denise; MAIA, João (orgs.). Comunicação para a cidadania. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2006.
  • BRETON, Philippe. A utopia da comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.
  • ________________. A argumentação na comunicação. 2. ed. Bauru, SP: EDUSC, 2003.
  • BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia: De Gutenberg à Internet. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
  • CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: A era da informação – economia, sociedade e cultura; v.1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
  • _________________. O poder da identidade (cap.2). A era da informação – economia, sociedade e cultura; v.2; 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
  • _________________. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges; revisão técnica: Paulo Vaz. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.
  • CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. 2. ed. Bauru: EDUSC, 2002.
  • DUSEK, Val. Filosofia da tecnologia. São Paulo: Loyola, 2009.
  • HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001.
  • _____________________________. Multidão. Rio de Janeiro: Record, 2005.
  • IANNI, Octavio. O príncipe eletrônico. In: Enigmas da Modernidade-Mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
  • MACHADO, Jorge Alberto S.. Ativismo em rede e conexões identitárias: novas perspectivas para os movimentos sociais. Sociologias, Porto Alegre, n. 18, Dez. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222007000200012&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 12 out. 2010.
  • MATTELART, Armand. História da Sociedade da Informação. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2006.
  • ___________________. A globalização da comunicação. 2. ed. Bauru, SP: EDUSC, 2002.
  • MATTELART, Armand e Michèle. História das Teorias da Comunicação. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2006.
  • PINHEIRO, Marta de Araújo. Redes: um novo projeto político da comunicação. In: COGO, Denise; MAIA, João (orgs.). Comunicação para a cidadania. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2006.
  • PRADO, Claudio. Política da cultura digital. In: COHN, Sergio; SAVAZONI, Rodrigo (Orgs.). Cultura digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.
  • SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
  • VAZ, Paulo. As esperanças democráticas e a evolução da Internet. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, v.1, n.24, 2004. Disponível em: . Acesso em 06 Jan. 2010.
  • __________. Esperança e excesso. Rio de Janeiro: ECO-UFRJ, 2000. Disponível em: . Acesso em 03 Jan. 2010. Apresentado também na Compós do mesmo ano.
  • WIENER, Norbert. Cybernetics: or Control and Communication in the Animal and the Machine. Cambridge: MIT press, 1965 (original de 1948, revisado em 1961)
(*) Gustavo Barreto (@gustavobarreto_), 39, é jornalista, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis clicando aqui). Atualmente é estudante de Psicologia. Acesse o currículo lattes clicando aqui. Acesse também pelo Facebook (www.facebook.com/gustavo.barreto.rio)

Um pitaco sobre “A importância da Filosofia da Tecnologia

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