Registro histórico de registros históricos da indústria nacional, 1889

Por Gustavo Barreto (*)

O primeiro “gado vaccum” que veio para a Bahia foi trazido de Cabo Verde, em 1550, custando cada vaca 100$000.

De Cabo Verde também vieram ovelhas, cabras, sementes de arroz e a planta taioba.

Já o gengibre foi trazido de São Tomé e Príncipe: “Meio arroba depois de plantada, produzio dentro de 4 annos 4,000 arrobas.”

O primeiro mestre de pintura do Rio de Janeiro era alemão e vivia em Niterói. Ele “professou” em 24 de maio de 1695 no convento de São Bento sob o nome de Frei Ricardo do Pilar. Para o convento fez Frei Ricardo o quadro “Salvador”.

O “cafeeiro” começou a ser cultivado no Rio de Janeiro, em 1770; a primeira imprensa, em 1808.

O chá prosperou no Rio de Janeiro sob os auspícios de Frei Leandro do Sacramento. As primeiras sementes vieram em 1812 e Luiz de Abreu plantou-as no Jardim Botânico.

D. Maria I, por meio de um alvará de 5 de janeiro de 1775, mandou fechar as fábricas de e linho no Brasil, “por haver em Portugal iguaes estabelecimentos”.

Por carta régia de 30 de julho de 1766 foi extinto o ofício de ourives na Bahia e no Rio de Janeiro.

Por provisão de 24 de abril de 1662 foi mandado semear anil no Brasil, “e no tempo do Marquez de Lavradio o anil produzia exuberantemente em Cabo-Frio donde sahião 9,500 arrobas todos os annos vendendo-se a 2$500 libra.

Em 1808 foi criada uma fábrica de pólvora na Lagoa Rodrigo de Freitas.

O primeiro tratado para a extinção da escravatura foi feito em 22 de janeiro de 1815.

O primeiro ouro encontrado em Minas se situava em Itaberaba, em 1694, seguindo-se o achado em Itatiaia.

O primeiro estaleiro de marinha foi construído na Ilha Grande por Sebastião Lamberto, “donde cahio ao mar em 1668 a fragata “Madre de Deus”.

Para se reconstruir de um terremoto no século 17, Lisboa contou com “generosa” contribuição do Brasil: “O donativo prestado pelo Brazil para socorrer Lisboa, arruinado pelo terremoto consistio em 4% mais nos direitos das Alfandegas durante 30 annos, convertendo-se em 14% o total de direitos produzindo sómente os 4% uns cem mil cruzados por anno. Foi portanto uns três milhões de cruzados o total com que contribuio o Brazil para a edificação de Lisboa”.

E completa: “Findo, porém, o prazo, o tributo continuou como succede tantas vezes, subindo depois a 20% e com a abertura dos portos em 1808 a 24%.

O primeiro laboratório “químico e prático” do Rio de Janeiro foi criado no dia 25 de janeiro de 1812.

É proibida no dia 27 de fevereiro de 1620 a extração do sal em Cabro Frio, na região dos Lagos fluminense. A justificativa: sua fartura prejudicava o consumo do que vinha de Portugal.

O telégrafo elétrico “trabalhou pela primeira vez” em 11 de maio de 1852.

(Por Nicolau Moreira, “O Auxiliador da Indústria Nacional”, periódico da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, 1889)

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No mesmo periódico, uma dica para copiar desenhos:

“O Auxiliador da Indústria Nacional”, periódico da Sociedade Auxliadora da Indústria Nacional, 1889

(*) Gustavo Barreto (@gustavobarreto_), 39, é jornalista, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis clicando aqui). Atualmente é estudante de Psicologia. Acesse o currículo lattes clicando aqui. Acesse também pelo Facebook (www.facebook.com/gustavo.barreto.rio)

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